Por Maís Moreno, sócia e diretora de sustentabilidade e relações institucionais da Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados
A análise de riscos em contratos públicos e privados ganhou nova dimensão. Assim como não se fala mais em matrizes sem considerar, por exemplo, a possibilidade de uma pandemia acontecer, não se pode desconsiderar a existência de riscos sociais.
Quais são eles? Vários, mas chamo atenção para dois: ações ou omissões relativas à equidade racial e de gênero.
As leis postas já indicam o que pode e não pode ser feito. Mas é indispensável considerar também a responsabilidade social empresarial e governamental na promoção da paridade racial e de gênero, com incentivos e punições para garanti-las, na construção e gestão de contratos.
Empresas já atentam para seus riscos reputacionais. No poder público, o BNDES já percebeu para onde assopram os ventos, promovendo dia histórico pelo empoderamento negro para a transformação da economia. O impacto deverá ser em cadeia, inclusive nos contratos públicos. Tomara.
É bom para a sociedade e para os negócios.