“Estimular a diversidade é papel da alta liderança”, diz ex-CEO da Bayer

Fonte: Época Negócios

 No ambiente corporativo, é comum que homens brancos se ajudem e promovam uns aos outros, sem nenhuma preocupação com a diversidade. “Eu diria que isso acontece de forma inconsciente, é como se fosse um clube”, diz Theo van der Loo, que foi CEO da Bayer entre 2011 e 2018, e hoje é membro do conselho da Grüne Labs, da Vesper Biotech e do Hospital Premier, além de ser presidente do Conselho Curador da FNQ.

Para melhorar os índices de inclusão nas empresas, diz o executivo, é fundamental mudar esse cenário. “Os homens precisam se dar conta que ocupam 90% dos cargos de liderança e que, portanto, eles têm o poder de gerar a transformação. Eles não podem ficar esperando que outra pessoa cuide disso. Em vez disso, devem tomar para si a tarefa de preparar uma mulher, uma pessoa negra, com deficiência ou LGBTQIA+ para ocupar o seu lugar”, afirma.

A defesa da diversidade ganhou novo impulso na vida do executivo em 2017, quando um amigo seu foi discriminado durante uma entrevista de emprego. “O recrutador disse a ele que ‘não entrevistava negros’”, recorda. “Meu amigo disse que não denunciaria para não se queimar. Então eu resolvi fazer um post nas redes. A repercussão foi muito maior do que eu havia imaginado. No final, conseguimos criar um movimento contra esse ‘apartheid velado’.”

Theo van der Loo é o convidado do 38º episódio da série de podcasts “Homens da Nossa Época”, que traz entrevistas com executivos de diferentes indústrias, realizadas por Sandra Boccia, diretora editorial de Época NEGÓCIOS, e Silvia Fazio, presidente da WILL (Women in Leadership in Latin America). O projeto editorial é uma parceria entre Época NEGÓCIOS e WILL.

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