Pacto Global da ONU divulga relatório sobre compromissos das empresas no Brasil

Fonte: Estadão
O Pacto Global da ONU no Brasil lança nesta segunda-feira, 21, o relatório Um ano de ambição 2030, no qual avalia o quanto as empresas associadas avançaram nos compromissos assumidos entre abril de 2022 e abril de 2023. O Pacto Global é uma organização que visa aproximar o setor privado dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS), 17 metas estabelecidas pela ONU em 2015 para serem atingidas em 2030. O relatório foi obtido com exclusividade pelo Estadão.

Para isso, o relatório avaliou sete movimentos lançados pelo Pacto Global no Brasil: o Elas Lideram (igualdade de gênero), o Net Zero (redução de emissões de gases de efeito estufa), +Água (preservação e saneamento básico), Mente em Foco (saúde mental), Raça é Prioridade (igualdade racial), Salário Digno (redução da desigualdade nas empresas) e Transparência 100% (governança e integridade). Outro movimento, o Conexão Circular, não teve indicadores por ter sido lançado recentemente, mas será medido na edição de 2024.

Cada um dos movimentos teve adesões voluntárias de uma quantidade variável de empresas — nem todas as associadas participam de todos. Assim, o Pacto Global fez questões específicas às signatárias de cada movimento para mensurar o quanto avançaram na pauta colocada e nas ações recomendadas. Os compromissos são assumidos publicamente pelo CEO da companhia.

Carlo Pereira, CEO do Pacto Global, faz dois alertas: por já estarem no pacto, é provável que as empresas já tenham caminhado nas pautas de alguma forma, ou pelo menos tentado; assim, a amostra tende a ser melhor que a média do mercado. O Elas Lideram conta com a adesão de 76 companhias e tem as metas de 30% de mulheres em cargos de alta liderança até 2025 — e 50% até 2030. Contudo, 69,76% das empresas já superaram a meta de 2025, e 27,9% delas, a de 2030.

Há ainda pontos necessários de atenção, principalmente ao se considerar recortes de diferentes grupos sociais. O número de mulheres negras nas companhias participantes está entre 0% e 15%, independente da função e cargo, e mais da metade não tem mulheres negras em posições de liderança. Boa parte das organizações não estão atentas ao tema: 40% das respondentes não aplicam nenhuma metodologia de transversalidade de gênero nas políticas de

Deixe um comentário